QUEM NUNCA TEVE DÚVIDAS AO ESCREVER?
Olá, leitor!
A língua portuguesa é viva, dinâmica e, muitas vezes, nos desafia com suas regras e exceções. Quem nunca se pegou em dúvidas como: "Devo escrever 'abandonaram' ou 'abandonou'?" ou "É correto dizer 'diminuíram' ou 'diminuiu'?" Essas questões fazem parte da nossa jornada com a língua e nos mostram que a comunicação está sempre em transformação.
A crônica "A Nossa Língua Portuguesa", de Rubinho Giaquinto, reflete exatamente sobre esse processo. O autor compartilha suas inquietações linguísticas de maneira acessível e envolvente, mostrando que não é preciso ser professor de português para se interessar pelas palavras. Ele nos lembra que a norma culta é apenas uma das formas de expressão e que o mais importante é garantir que a comunicação aconteça.
A seguir, transcrevemos a crônica na íntegra:
A Nossa Língua Portuguesa
Por Rubinho Giaquinto
Minha cara leitora. Meu caro leitor.
Escrevo minha última crônica do ano. Será uma confissão de um humilde escritor proletário das quebradas. Eu não sou professor de português. Sou só curioso da nossa língua.
Sou só um correria, mesmo. Vou à Bahia, à Itália, a Curitiba, a Sergipe. Dá vontade colocar acento grave em tudo, ou seja, fazer a crase em todas elas, né?
Confesso que tenho muitas dificuldades na hora da escrita.
Por isso, estudo um pouquinho todos os dias. Tenho muitas dúvidas na hora da escrita, sim! Porque falo de um jeito e escrevo de outro.
Mais de um corredor abandonou a corrida. Não dá vontade escrever abandonaram? São tantas regras e exceções que me perco no meio delas.
Também tento socializar o conhecimento com as pessoas nas redes sociais.
O consumo das famílias brasileiras diminuiu. Não dá vontade escrever diminuíram?
Sei que o importante é me comunicar. Sei também que a língua é dinâmica e suas mudanças são perenes.
Penso que as pessoas têm o direito de ter acesso ao conhecimento e às regras vigentes da nossa língua e, a partir daí, fazer o que quiserem.
Amar e sentir saudades faz parte da vida. Não dá vontade escrever fazem?
Quero deixar claro uma coisa: as pessoas falam e escrevem como querem e como podem. São livres. Minha tarefa é tentar construir um tipo de ponte para o acesso à norma padrão. Você decide o que fazer.
Quero agradecer de coração a cada um e a cada uma que acompanha minha singela escrita. Beijo no coração de vocês!
Tu e ele ficastes calados. Quem vai falar isso no cotidiano?
(Publicado originalmente no Brasil de Fato – Minas Gerais, por Rubinho Giaquinto.)
A crônica nos faz refletir sobre o nosso próprio uso da língua. Afinal, a norma culta existe, mas a comunicação não pode ser engessada. Cada falante tem sua forma de se expressar, e a linguagem é moldada pelo contexto, pela cultura e pelo tempo.
Mais do que seguir regras gramaticais à risca, o que realmente importa é a comunicação acontecer. A língua portuguesa tem diversas variantes e maneiras de ser falada e escrita, e todas elas carregam a identidade e a história de quem as utiliza. Saber as normas é importante, mas a riqueza da nossa língua está justamente na sua diversidade e na forma como ela se adapta aos falantes.
E você, leitor? Já se pegou em dúvidas parecidas ao escrever? Compartilhe nos comentários!
E lembre-se: o papo nunca acaba quando se trata da nossa língua!
Até o próximo post!
Maravilha......
ResponderExcluirMuito obrigada! É sempre bom ter você por aqui!
ExcluirÓtimo
ResponderExcluirAdorei!!
ResponderExcluirAgradecemos o carinho! Seja sempre bem-vindo(a) ao nosso blog.
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